XV Jor­na­das Inde­pen­den­tis­tas Gale­gas abor­da­rám alter­na­ti­va revo­lu­cio­ná­ria à cri­se capitalista

Cen­tro social com­pos­te­lano Gen­talha do Pichel acolhe déci­ma quin­ta ediçom das Jor­na­das Inde­pen­den­tis­tas Gale­gas sob a legen­da “Saí­da revo­lu­cio­ná­ria à cri­se capi­ta­lis­ta“.

O even­to orga­ni­za­do de for­ma inin­te­rrom­pi­da de 1997 por Pri­mei­ra Linha tem lugar sába­do 26 de março coin­ci­din­do com o Dia do Direi­to Uni­ver­sal dos Povos à Rebe­liom Armada.

Nes­ta oca­siom o espaço mar­xis­ta de aná­li­se e deba­te abor­da a neces­si­da­de de cons­truir umha alter­na­ti­va revo­lu­cio­ná­ria por par­te do pro­je­to comu­nis­ta à atual cri­se sis­té­mi­ca capitalista.

Três ses­sons

As Jor­na­das estám estru­tu­ra­das em três ses­sons a des­en­vol­ver ao lon­go do sába­do. Na pri­mei­ra, que começa­rá às 11 horas, par­ti­ci­pa­rá o eco­no­mis­ta cata­lám Fran­cis­co Ferrer quem rea­li­za­rá umha aná­li­se eco­nó­mi­ca da cri­se. Às 16.30 horas terá lugar um deba­te inti­tu­la­do “Inter­pre­taçom polí­ti­ca dos acon­te­ci­men­tos em cur­so”, com pre­se­nça da comu­nis­ta por­tu­gue­sa Ana Barra­das e do teó­ri­co mar­xis­ta bas­co Iña­ki Gil de San Vicen­te. As JIG fina­li­za­rám com a pales­tra “Pers­pec­ti­vas de trans­for­maçom” com pre­se­nça d@s três relatores/​as.

Comi­té Cen­tral de Pri­mei­ra Linha expli­ca as razons da temá­ti­ca escolhi­da nes­ta XV ediçom das JIG

A atual gra­ve cri­se eco­nó­mi­ca do capi­ta­lis­mo senil é mais pro­fun­da que as ante­rio­res, por­que está acom­panha­da por um con­jun­to de cri­ses para­le­las. A cri­se eco­ló­gi­ca, a cri­se ali­men­tar, a cri­se ener­gé­ti­ca, impri­mem umha maior gra­vi­da­de a umha cri­se com pro­jeçom e dimen­som pla­ne­tá­ria do capi­ta­lis­mo global.

Mas, quais som as cau­sas e a géne­se des­ta cri­se? Tem espe­ci­fi­ci­da­des que a con­ver­tem em sin­gu­lar e com­ple­ta­men­te nova ou só é mais umha cri­se das que cicli­ca­men­te acom­panham o des­en­vol­vi­men­to da eco­no­mia de mercado?

A catás­tro­fe eco­nó­mi­ca que está a recair sobre os ombros da clas­se tra­balha­do­ra, dos povos e das mulhe­res está na sua fase ini­cial ou os sin­to­mas de recu­pe­raçom de algumhas eco­no­mias de esta­dos impe­ria­lis­tas e paí­ses emer­gen­tes já mar­cam umha muda­nça de tendência?

Tem con­sis­tên­cia pen­sar­mos que som cada vez mais cla­ros e visí­veis os sinais de que esta­mos a assis­tir à eta­pa final do sis­te­ma capi­ta­lis­ta ou tam só à for­ma hege­mó­ni­ca cris­ta­li­za­da nas déca­das pos­te­rio­res à Segun­da Gue­rra Mundial?

Tran­si­ta­mos face o fim da eta­pa neo­li­be­ral, um caos sis­té­mi­co, para umha cri­se de civi­li­zaçom ou nova­men­te a bur­gue­sia irá con­se­guir recon­du­zir a situaçom, impos­si­bi­li­tan­do o seu colap­so demons­tran­do mais umha vez a sua enor­me capa­ci­da­de de recomposiçom?

Que capa­ci­da­des de êxi­to tem a lui­ta obrei­ra, nacio­nal e de géne­ro para incli­nar a bala­nça face o cam­po popu­lar, quan­do ain­da nom se recu­pe­rou do gol­pe demo­li­dor que há duas déca­das supu­jo a que­da do cam­po soviético?

O incre­men­to das lui­tas e revol­tas popu­la­res que acom­panham o pro­ces­so em cur­so ‑ain­da extre­ma­men­te fra­cas para a gra­vi­da­de da situaçom que pade­ce­mos- pode­rá tran­si­tar face vigo­ro­sas e radi­cais trans­for­maçons que dem pas­sa­gem a revo­luçons de orien­taçom socia­lis­ta e anticapitalista?

O incre­men­to do mili­ta­ris­mo, da repres­som, o cor­te de liber­da­des e direi­tos, pode­rá sufo­car a lui­ta eman­ci­pa­tó­ria ou vai ser cal­do de cul­ti­vo de fal­sas saí­das popu­lis­tas e fas­cis­tas que atra­sem nova­men­te a pri­ma­ve­ra revolucionária?

Exis­tem fios con­du­to­res entre as gre­ves gerais da Gré­cia e da Gali­za, a per­ser­ve­ran­te resis­tên­cia dos povos latino-ame­ri­ca­nos, e as revol­tas que como rego de pól­vo­ra per­co­rrem o nor­te de Áfri­ca e Orien­te Médio?

Como ava­nçar­mos na cons­truçom das ferra­men­tas de lui­ta e com­ba­te con­tra o capi­ta­lis­mo, para des­en­vol­ver­mos um efi­caz e atraen­te pro­je­to comu­nis­ta para o secú­lo XXI?

Som inume­rá­veis as per­gun­tas e dúvi­das que a mili­tán­cia revo­lu­cio­ná­ria tem que fazer-se na sua inter­ve­nçom diária.

O des­con­ten­ta­men­to popu­lar fren­te a um pre­sen­te carre­ga­do de incer­te­zas está a favo­re­cer mais capa­ci­da­de de inter­ve­nçom e maior rece­ti­vi­da­de da alter­na­ti­va mar­xis­ta. Mas neces­si­ta­mos for­ta­le­cer o rear­ma­men­to ideo­ló­gi­co para afia­nçar o pro­je­to rebel­de e insur­gen­te e des­mas­ca­rar as mano­bras dos refor­mis­mos ain­da hege­mó­ni­cos no cam­po popular.

Sim sabe­mos que nos acha­mos numha eta­pa de enor­mes tem­pes­ta­des, que atra­ves­sa­mos umha eta­pa con­vul­sa, mas tam­bém que o capi­ta­lis­mo feri­do de mor­te nom vai morrer por si só. A sub­je­ti­vi­da­de é deter­mi­nan­te. A auto-orga­ni­zaçom obrei­ra, nacio­nal e popu­lar imprescindível.

Nom que­re­mos refor­mar o capi­ta­lis­mo nem res­trin­gir a nos­sa ati­vi­da­de à rei­vin­di­caçom de melho­rias económicas.

@s comu­nis­tas galeg@s apos­ta­mos na derru­ba­da da socie­da­de de clas­ses, para con­se­guir a inde­pen­dên­cia nacio­nal e des­truir o patriar­ca­do. Eis as três tare­fas da Revo­luçom Gale­ga. Para poder­mos atin­gir estes ambi­cio­sos obje­ti­vos ‑mais neces­sá­rios e urgen­tes que nun­ca– há que ava­nçar na cons­truçom do par­ti­do comu­nis­ta revolucionário.

A XV ediçom das Jor­na­das Inde­pen­den­tis­tas Gale­gas pre­ten­de con­tri­buir para res­pon­der a algumhas des­tas inquie­taçons e dúvi­das, assim como defi­nir os nos­sos desafios.

Pro­gra­ma das XIV JIG

Sába­do, 26 de março

Cen­tro Social O Pichel · Compostela

Saí­da revo­lu­cio­ná­ria à cri­se capitalista

11 horas Aná­li­se eco­nó­mi­ca da cri­se capitalista

Fran­cis­co Ferrer, Semi­ná­rio de eco­no­mia crí­ti­ca Tai­fa (Paï­sos Catalans)

16.30 horas Inter­pre­taçom polí­ti­ca dos acon­te­ci­men­tos em curso

Ana Barradas,Conselho de redaçom da revis­ta comu­nis­ta por­tu­gue­sa Polí­ti­ca Operária

Iña­ki Gil de San Vicen­te, teó­ri­co mar­xis­ta basco

19.30 horas Pers­pec­ti­vas de transformaçom

Ana Barra­das, Fran­cis­co Ferrer, Iña­ki Gil de San Vicente

Artikulua gustoko al duzu? / ¿Te ha gustado este artículo?

Twitter
Facebook
Telegram

Deja una respuesta

Tu dirección de correo electrónico no será publicada. Los campos obligatorios están marcados con *