[Gal/​Cast] Pri­mei­ra decla­raçom de 2014 de Pri­mei­ra Linha

Gale­go

Afir­má­va­mos no iní­cio da decla­raçom emi­ti­da exata­men­te há ago­ra um ano, que tal como prog­nos­ti­cá­ra­mos “os 365 dias de 2012 fôrom nefas­tos para os inter­es­ses da clas­se obrei­ra, dos seto­res popu­la­res e do pro­je­to nacio­nal gale­go”. Lamen­ta­vel­men­te nes­te pri­mei­ro dia de 2014 o bala­nço do ano que fina­li­zou é mui similar.

As agres­sons con­tra a Gali­za, con­tra a clas­se tra­balha­do­ra e con­tra as mulhe­res, pola bur­gue­sia espanho­la, pola lum­pem-bur­gue­sia gale­ga e polo impe­ria­lis­mo nuclea­do à vol­ta da troi­ka, nom ces­sá­rom em momen­to algum.

Gali­za, a clas­se obrei­ra, as mulhe­res e a juven­tu­de nom tive­mos nem um só dia de trégua.

2013 foi um ano de con­tí­nuos ata­ques às limi­ta­das con­quis­tas e direi­tos arran­ca­dos nas lui­tas des­en­vol­vi­das pola clas­se tra­balha­do­ra nas últi­mas décadas.

2013 foi um ano de inten­si­fi­caçom do jaco­bi­nis­mo espanhol con­tra a Pátria, con­tra os sinais medu­la­res da nos­sa indis­cu­tí­vel con­diçom de naçom, con­tra a lín­gua de Rosa­lia e Car­valho Cale­ro, con­tra o fio con­du­tor que uni­fi­ca cul­tu­ral­men­te os ver­sos de Meen­dinho e a mais inova­do­ra líri­ca galega.

2013 foi um ano de viru­len­tos ata­ques con­tras as con­quis­tas e direi­tos das mulhe­res, da ofen­si­va machis­ta e patriar­cal pro­mo­vi­da polas sei­tas inte­gris­tas nacio­nal-cató­li­cas e a Con­fe­rên­cia Epis­co­pal que mar­cam a dou­tri­na do PP. A invo­luçom na raquí­ti­ca lei do abor­to exem­pli­fi­ca a hos­ti­li­da­de da direi­ta auto­ri­tá­ria con­tra mais de meta­de da populaçom.

2013 foi um ano na que a juven­tu­de gale­ga pade­ceu o des­pre­zo e a bur­la do poder adul­to que defi­ne a ideo­lo­gia do governo de Rajói e da sua sucur­sal autóc­to­ne. O ano no qual mais de 15 mil jovens, bem pre­pa­ra­das e com for­maçom, fôrom expul­sas da Pátria.

2013 foi um ano de per­ma­nen­tes agres­sons con­tra as liber­da­des bási­cas, de endu­re­ci­men­to da repres­som, da cen­su­ra e da mani­pu­laçom mediá­ti­ca, de rear­ma­men­to da burguesia.

2013 assis­tiu ao des­en­vol­vi­men­to das polí­ti­cas neo­li­be­rais que o governo de Mariano Rajói apro­fun­dou seguin­do as ten­dên­cias pre­via­men­te traça­das por Zapatero.

Um ano onde a bur­gue­sia deu novas vol­tas de por­ca sobre o povo tra­balha­dor, inten­si­fi­can­do a dor, o sofri­men­to e a humilhaçom de cen­tos de milha­res de gale­gas e gale­gos que per­dê­rom os seus empre­gos, as suas casas, con­ti­nuá­rom sem recu­pe­rar os afo­rros, vírom retro­ce­der o poder aqui­si­ti­vo dos seus salá­rios e pen­sons, o seu nível de vida, pola pri­va­ti­zaçom pro­gres­si­va da sani­da­de e os ser­viços sociais, polo aumen­to do cus­to de pro­du­tos bási­cos de con­su­mo, da ele­tri­ci­da­de, da água, do trans­por­te e o incre­men­to impositivo.

Um ano onde a dema­go­gia e as men­ti­ras de Rajói, Fei­jó, Cos­pe­dal e Rue­da nom lográ­rom eclip­sar os demo­li­do­res efei­tos das durís­si­mas medi­das socio­eco­nó­mi­cas ten­den­tes a seguir fazen­do recair sobre o povo tra­balha­dor as con­se­qüên­cias da cri­se capitalista.

2013 foi um ano em que se man­ti­vo inal­te­rá­vel a letal evo­luçom demo­grá­fi­ca de um País que caminha a ser um gigan­tes­co geriá­tri­co, eco­no­mi­ca­men­te inviá­vel, onde a taxa demo­grá­fi­ca nega­ti­va ‑corre­ta­men­te defi­ni­da como um etno­cí­dio per­fei­ta­men­te planificado‑, nom garan­te o nos­so futu­ro como povo.

Em defi­ni­ti­va, 2013, ao igual que 2012, foi um ano nefas­to, infes­to de retro­ces­sos e derrotas.

Incre­men­to do cen­tra­lis­mo espanho­lis­ta e do patriarcado

Para­le­la­men­te a esta ofen­si­va sem quar­tel da bur­gue­sia con­tra a clas­se obrei­ra e con­jun­to das cama­das popu­la­res que con­fi­gu­ram o povo tra­balha­dor gale­go, o governo do PP con­ti­nou com a imple­men­taçom da lógi­ca cen­tra­lis­ta que cara­te­ri­za o excluin­te pro­je­to impe­ria­lis­ta espanhol, que tal como leva fazen­do há mais de cin­co sécu­los tam só pro­cu­ra des­truir o pro­je­to nacio­nal galego.

A apro­vaçom da con­tra­rre­for­ma edu­ca­ti­va reacio­ná­ria, espanho­lis­ta e cle­ri­cal visa­da na “Lei Orgá­ni­ca para a Melho­ra da Qua­li­da­de Edu­ca­ti­va” (LOMQE) pre­ten­de refo­rçar a espanho­li­zaçom e dou­tri­nar em valo­res indi­vi­dua­lis­tas e inso­li­dá­rios as novas geraçons de gale­gas e galegos.

O cola­bo­ra­cio­nis­ta gover­ninho de Fei­jó ‑enre­da­do na corru­pçom gera­li­za­da da sua matriz madri­le­na, enla­ma­do no nar­co­trá­fi­co, inca­paz de fazer fren­te a nem­gumha das recla­maçons e neces­si­da­des do povo galego‑, tam só tem con­tri­buí­do a cola­bo­rar ati­va­men­te no pro­ces­so pla­ni­fi­ca­do de des­truiçom da Pátria, numha ati­tu­de de traiçom que pola sua gra­vi­da­de nun­ca prescreverá.

O seu dócil e genu­fle­xo com­por­ta­men­to com as dire­tri­zes do governo espanhol, cola­bo­ran­do em con­fun­dir e ocul­tar sobre as ver­da­dei­ras cau­sas que pro­vo­cá­rom as 80 mor­tes da cur­va de Angrois, som um cla­ro expoen­te da mais medío­cre cas­ta de caci­ques que man­tenhem ile­gi­ti­ma­men­te as ren­das do País, empo­lei­ra­dos em Sam Cae­tano e no deco­ra­ti­vo par­la­men­tinho do Hórreo.

O bala­nço dos últi­mos 365 dias tam­pou­co pode ser ava­lia­do posi­ti­va­men­te para mais da meta­de da força de tra­balho des­te País. As mulhe­res gale­gas pade­ce­mos os mais bai­xos salá­rios e umha taxa de des­em­pre­go, pre­ca­rie­da­de e even­tua­li­da­de labo­ral, mui supe­rior aos dos nos­sos com­panhei­ros de clas­se. Mas o patriar­ca­do nom só se tem agu­di­za­do nes­se ámbi­to. A pri­va­ti­zaçom da sani­da­de, da edu­caçom e dos ser­viços sociais tem refo­rça­do os roles impos­tos polo machis­mo ten­den­tes a que as mulhe­res se cen­trem nas tare­fas “domés­ti­cas”, no cui­da­do das cria­nças, doen­tes e pes­soas idosas.

Que­re­mos lem­brar a Hele­na, Fáti­ma, Eli­sa e Maria Isa­bel, as qua­tro mulhe­res assas­si­na­das polo terro­ris­mo machis­ta na Gali­za em 2013.

A res­tri­ti­va lei do abor­to impos­ta por Gallar­dón é um ata­que sem pre­ce­den­tes a um dos direi­tos fun­da­men­tais das mulhe­res, lega­li­za­do por pri­mei­ra vez em 1920 na URSS de Ale­xan­dra Kollontai.

Con­quis­tar a sobe­ra­nia para cons­truir umha Pátria socia­lis­ta e feminista

@s comu­nis­tas galeg@s nun­ca enga­na­mos o nos­so povo e a nos­sa clas­se com pro­mes­sas e ilu­sons sobre ime­dia­tas e mági­cas alter­na­ti­vas elei­to­rais à maio­ria arit­mé­ti­ca do PP.

Ain­da estám recen­tes na memó­ria cole­ti­va o fra­cas­so do últi­mo bipar­ti­do, ou os resul­ta­dos de simi­la­res gover­nos “pro­gres­sis­tas” de gran­des núcleos urba­nos onde tam só se repro­duz de for­ma ate­nua­da as polí­ti­cas neo­li­be­rais que pre­ju­di­cam as maio­rias para enri­que­ci­men­to da burguesia.

A clas­se tra­balha­do­ra gale­ga já nom acre­di­ta em pres­ti­di­gi­ta­do­res, cada dia é mais cons­cien­te que só um povo auto-orga­ni­za­do e movi­men­ta­do pode­rá con­quis­tar o seu futuro.

Os limi­tes da demo­cra­cia bur­gue­sa som mais visí­veis para essas maio­rias do nos­so povo que per­dê­rom o seu empre­go, a sua viven­da, os seus afo­rros, os seus direi­tos, poder do seu salá­rio e das suas pen­sons, que nom tem mais alter­na­ti­va que emi­grar ou viver de aju­das e de caridade.

Corres­pon­de pois a este blo­co social his­tó­ri­co ser o pró­prio sujei­to da sua eman­ci­paçom e liber­taçom. Mas esta só será pos­sí­vel median­te a lui­ta orga­ni­za­da, pola con­ver­gên­cia das rei­vin­di­caçons, uni­fi­ca­das num pro­gra­ma de governo onde as deman­das táti­cas este­jam fun­di­das numha estra­té­gia para a toma­da do poder.

Na Gali­za só será pos­sí­vel que­bran­do com a depen­dên­cia nacio­nal que nos impom a lógi­ca colo­nial espanho­la e as polí­ti­cas impe­ria­lis­tas da UE dik­ta­das por Berlim.

Peran­te este cená­rio dan­tes­co a que nos con­de­na Espanha e o capi­ta­lis­mo nom há mais saí­da que umha rutu­ra com o pre­sen­te. Muda­nça que nom ema­na­rá das urnas nem de nego­ciaçons, e sim da insu­rreiçom nacio­nal, obrei­ra e popu­lar que nos con­du­za para a liber­taçom nacio­nal, eman­ci­paçom de clas­se e super­açom da domi­naçom patriarcal.

A Revo­luçom Gale­ga é pois a úni­ca alter­na­ti­va viá­vel que pode­rá garan­tir nom ser­mos con­de­na­dos a con­ver­ter-nos num povo de escrav@s, sem mais direi­tos que obe­de­cer para nom ser­mos castigados.

O inimi­go é bem cons­cien­te das pos­si­bi­li­da­des de um levan­ta­men­to popu­lar, de umha rebe­liom. Por este moti­vo ao lon­go de 2013 con­ti­nuou arman­do-se até os den­tes, endu­re­cen­do o Códi­go Penal para punir e dis­sua­dir as lui­tas e a quem lui­ta. Por este moti­vo pre­ten­de apro­var umha Lei de Segu­ra­nça Cida­dá que cri­mi­na­li­za os pro­tes­tos e repri­me sem con­tem­plaçom quem par­ti­ci­pa nas lui­tas. Por este moti­vo pre­ten­de dar mais pode­res ao Minis­té­rio do Inte­rior, con­ce­den­do impu­ni­da­de à polí­cia e res­to de cor­pos repres­si­vos, incor­po­ran­do a segu­ra­nça pri­va­da nes­tas tarefas.

2013 tam­bém foi un ano de lui­tas e modes­tos ava­nços na uni­da­de popular

A ofen­si­va bur­gue­sa nom logrou nem domes­ti­car e mui­to menos derro­tar a clas­se obreira.

O ano que fina­li­za foi de gran­des e per­ma­nen­tes mani­fes­taçons, pro­tes­tos e lui­tas polo empre­go, na defe­sa do ensino e a sani­da­de públi­ca, con­tra os des­pe­jos, pola recu­pe­raçom dos afo­rros das pre­fe­ren­tes, em defe­sa do gale­go, con­tra o assal­to das mul­ti­na­cio­nais ao nos­so solo e subsolo.

Porém, e tal como já mani­fes­tá­va­mos há ago­ra um ano, a con­fli­tuo­si­da­de social e labo­ral, a modes­ta radi­ca­li­zaçom que se vai pro­du­zin­do, ain­da está por bai­xo das neces­si­da­des e da gra­vi­da­de da situaçom. As lui­tas seguem sen­do par­ciais, espo­rá­di­cas e seto­riais, care­cem de um fio con­du­tor e de um pro­gra­ma integrador.

Embo­ra a esquer­da inde­pen­den­tis­ta e sobe­ra­nis­ta sen­tou as bases da neces­sá­ria coope­raçom e uni­da­de de açom sob um pro­gra­ma ava­nça­do, como con­se­qüên­cia da com­bi­naçom de dous fato­res: fir­me­za do inde­pen­den­tis­mo socia­lis­ta e vira­gem polí­ti­ca do nacio­na­lis­mo, ain­da esta­mos numha eta­pa embrionária.

Porém Pri­mei­ra Linha saú­da a uni­da­de de açom no ámbi­to polí­ti­co e social atin­gi­do entre as forças polí­ti­cas, juve­nis e estu­dan­tis da esquer­da patrió­ti­ca, e os pas­sos ceni­fi­ca­dos na mani­fes­taçom de 3 de março e 24 de julho. Tam­bém des­ta­ca e saú­da a cons­ti­tuiçom da ini­cia­ti­va social supra­par­ti­dá­ria Gali­za pola Sobe­ra­nia (GPS).

Igual­men­te mani­fes­ta­mos a nos­sa satis­façom polos resul­ta­dos da VII Assem­bleia Nacio­nal de NÓS-Uni­da­de Popu­lar que visam con­ver­ter o inde­pen­den­tis­mo socia­lis­ta num movi­men­to com pro­jeçom de mas­sas e numha alter­na­ti­va às simi­la­res vias elei­to­rais nas que seguem embar­ca­das as expres­sons maio­ri­tá­rias da esquer­da nacional.

Os con­fli­tos ope­rá­rios e sociais onde a uni­da­de, a radi­ca­li­zaçom e a fir­me­za em ven­cer pre­si­dí­rom o espí­ri­to das lui­tas, tivé­rom um resul­ta­do posi­ti­vo. A gre­ve de mais de cin­co meses de Alba­da ou a opo­siçom a ceder à chan­ta­gem de Edge­wa­ter Explo­ra­tion pola vizinha­nça de Cor­coes­to, som dous exem­plos para­dig­má­ti­cos de que sim se pode pará-los.

2014 vai ser um ano similar

Ao igual que fige­mos o ano pas­sa­do @s comu­nis­tas galeg@s agi­mos com fran­que­za e hones­ti­da­de com a nos­sa clas­se e o nos­so povo. Eis polo que sem pre­ten­der ser­mos men­sa­gei­ros de maus augú­rios, nova­men­te nom pode­mos evi­tar dei­xar de prog­nos­ti­car que o novo ano que hoje ini­cia­mos vai ser mui duro.

A úni­ca manei­ra de fre­nar a ofen­si­va neo­li­be­ral, espanho­lis­ta e machis­ta, é redo­bran­do a lui­ta e a mobi­li­zaçom obrei­ra, nacio­nal, popu­lar e femi­nis­ta. É radi­ca­li­zan­do os pro­gra­mas, poli­ti­zan­do o nos­so povo, inci­din­do na batalha ideo­ló­gi­ca com as posiçons con­ci­lia­do­ras e pac­tis­tas, basi­ca­men­te das dis­fa­rça­das de radi­ca­li­da­de retórica.

E mais no ano em que se come­mo­ra 90 ani­ver­sá­rio do fale­ci­men­to de Vla­di­mir Ilich Uliá­nov ‑refe­ren­te e ins­pi­raçom da Revo­luçom Galega‑, quem logrou diri­gir a pri­mei­ra vitó­ria do pro­le­ta­ria­do da história.

Tal e como mani­fes­tou Leni­ne, hoje está mais vigen­te que nun­ca, que sem teo­ria revo­lu­cio­ná­ria nom há movi­men­to revolucionário.

Com a Pátria que luita

Nom pre­ten­de­mos des­pe­dir este 2013 sem trans­mi­tir um calo­ro­so saú­do comu­nis­ta à Gali­za rebel­de e com­ba­ti­va, a toda a juven­tu­de, as mulhe­res, o pro­le­ta­ria­do, o con­jun­to da clas­se obrei­ra que lui­tou nos seus res­pe­ti­vos cen­tros de tra­balho e ensino, nas ruas da Pátria, con­tra as agres­sons em curso.

Que­re­mos tam­bém recla­mar a liber­da­de dos pre­sos e pre­sas polí­ti­cas gale­gas para as que soli­ci­ta­mos o seu regres­so a Galiza.

A todas elas, e a fami­lia­res e ami­za­des, envia­mos umha sau­daçom comu­nis­ta, patrió­ti­ca e feminista.

Sau­daçom que faze­mos exten­sí­vel ao con­jun­to do movi­men­to popu­lar gale­go e a todos aque­les cole­ti­vos e orga­ni­zaçons que lui­tam sem trégua.

Antes mort@s que escrav@s!

Até a vitó­ria sempre!

Viva Gali­za livre, socia­lis­ta e feminista!

Viva a Revo­luçom Galega!

Comi­té Cen­tral de Pri­mei­ra Linha

Cas­te­llano

Afir­má­ba­mos en el ini­cio de la decla­ra­ción emi­ti­da exac­ta­men­te hace aho­ra un año, que tal como pro­nos­ti­cá­ba­mos «los 365 días de 2012 fue­ron nefas­tos para los intere­ses de la cla­se obre­ra, de los sec­to­res popu­la­res y del pro­yec­to nacio­nal gale­go». Lamen­ta­ble­men­te en este pri­me­ro día de 2014 el balan­ce do año que ha fina­li­za­do es muy similar.

Las agre­sio­nes con­tra Gali­za, con­tra la cla­se tra­ba­ja­do­ra y con­tra las muje­res, por la bur­gue­sía espa­ño­la, por el lum­pem-bur­gue­sía gale­ga y por el impe­ria­lis­mo nuclea­do en torno a la troi­ka, no cesa­ron en nin­gún momento.

Gali­za, la cla­se obre­ra, las muje­res y la juven­tud no hemos teni­do ni un sólo día de tregua.

2013 fue un año de con­tí­nuos ata­ques a las limi­ta­das con­quis­tas y dere­chos arran­ca­dos en las luchas desa­rro­lla­das por la cla­se tra­ba­ja­do­ra en las últi­mas décadas

2013 fue un año de inten­si­fi­ca­ción del jaco­bi­nis­mo espa­ñol con­tra la Patria, con­tra las seña­les medu­la­res de nues­tra indis­cu­ti­ble con­di­ción de nación, con­tra la len­gua de Rosa­lía y Car­valho Cale­ro, con­tra el hilo con­duc­tor que uni­fi­ca cul­tu­ral­men­te los ver­sos de Meen­dinho y la más inno­va­do­ra líri­ca galega.

2013 fue un año de viru­len­tos ata­ques con­tra las con­quis­tas y dere­chos de las muje­res, de la ofen­si­va machis­ta y patriar­cal pro­mo­vi­da por las sec­tas inte­gris­tas nacio­nal-cató­li­cas y la Con­fe­ren­cia Epis­co­pal que mar­can la doc­tri­na del PP. La invo­lu­ción en la raquí­ti­ca ley del abor­to ejem­pli­fi­ca la hos­ti­li­dad de la dere­cha auto­ri­ta­ria con­tra más de la mitad de la población.

2013 fue un año en el que la juven­tud gale­ga pade­ció el des­pre­cio y la bur­la del poder adul­to que defi­ne la ideo­lo­gía del gobierno Rajoi y de su sucur­sal autóc­to­na. El año en el que más de 15 mil jóve­nes, bien pre­pa­ra­das y con for­ma­ción, fue­ron expul­sa­das de la Patria.

2013 fue un año de per­ma­nen­tes agre­sio­nes con­tra las liber­ta­des bási­cas, de endu­re­ci­mien­to de repre­sión, de la cen­su­ra y de la mani­pu­la­ción mediá­ti­ca, de rear­ma­men­to de la burguesía.

2013 asis­tió al desa­rro­llo de las polí­ti­cas neo­li­be­ra­les que el gobierno de Mariano Rajoi pro­fun­di­zó siguien­do las ten­den­cias pre­via­men­te tra­za­das por Zapatero.

Un año don­de la bur­gue­sía dio nue­vas vuel­tas de tuer­ca sobre el pue­blo tra­ba­ja­dor, inten­si­fi­can­do el dolor, el sufri­mien­to y la humi­lla­ción de cien­tos de miles de gale­gas y gale­gos que per­die­ron sus empleos, sus casas, con­ti­nua­ron sin recu­pe­rar sus aho­rros, vie­ron retro­ce­der el poder adqui­si­ti­vo de sus sala­rios y pen­sio­nes, su nivel de vida, por pri­va­ti­za­ción pro­gre­si­va de la sani­dad y los ser­vi­cios socia­les, por el aumen­to del cos­te de pro­duc­tos bási­cos de con­su­mo, de la elec­tri­ci­dad, del agua, del trans­por­te y el incre­men­to impositivo.

Un año en don­de la dema­go­gia y las men­ti­ras de Rajoi, Fei­jó, Cos­pe­dal y Rue­da no logra­ron eclip­sar los demo­le­do­res efec­tos de las durí­si­mas medi­das socio­eco­nó­mi­cas ten­den­tes a seguir hacien­do recaer sobre el pue­blo tra­ba­ja­dor las cons­cuen­cias de la cri­sis capitalista.

2013 fue un ano en que se man­tu­vo inal­te­ra­able la letal evo­lu­ción demo­grá­fi­ca de un País que cami­na para ser un gigan­tes­co geriá­tri­co, eco­nó­mi­ca­men­te invia­ble, don­de la tasa demo­grá­fi­ca nega­ti­va ‑correc­ta­men­te defi­ni­da como un etno­ci­dio per­fec­ta­men­te planificado‑, no garan­ti­za nues­tro futu­ro como pueblo.

En defi­ni­ti­va, 2013, al igual que 2012, fue un año nefas­to, infes­to de retro­ce­sos y derrotas.

Incre­men­to del cen­tra­lis­mo espa­ño­lis­ta y del patriarcado.

Para­le­la­men­te a esta ofen­si­va sin cuar­tel de la bur­gue­sía con­tra la cla­se obre­ra y con­jun­to de las cla­ses popu­la­res que con­fi­gu­rar el pue­blo tra­ba­jax­dor gale­go, el gobierno del PP con­ti­nuó con la imple­men­ta­ción de la lógi­ca cen­tra­lis­ta que carac­te­ri­za el exclu­yen­te pro­yec­to impe­ria­lis­ta espa­ñol, que tal como lle­va hacien­do hace más de cin­co siglos tan sólo bus­ca des­truir el pro­yec­to nacio­nal galego.

La apro­ba­ción de la con­tra­rre­for­ma edu­ca­ti­va reac­cio­na­ria, espa­ño­lis­ta y cle­ri­cal basa­da en la «Ley Orgá­ni­ca para la Mejo­ra de la Cali­dad Edu­ca­ti­va» (LOMQE) pre­ten­de refor­zar la espa­ño­li­za­ción y adoc­tri­nar en valo­res indi­vi­dua­lis­tas e inso­li­da­rios a las nue­vas gene­ra­cio­nes de gale­gas y galegos.

El cola­bo­ra­cio­nis­ta gobierno de Fei­jó ‑enre­da­do en la corrup­ción gene­ra­li­za­da de su matriz madri­le­ña, enla­ma­do en el nar­co­trá­fi­co, inca­paz de hacer fren­te a nin­gu­na de las recla­ma­cio­nes y nece­si­da­des del pue­blo galego‑, tan sólo ha con­tri­bui­do a cola­bo­rar acti­va­men­te en el pro­ce­so pla­ni­fi­ca­do de des­truc­ción de la Patria, en una acti­tud de trai­ción que por su gra­ve­dad nun­ca prescribirá.

Su dócil y genu­fle­xo com­por­ta­mien­to con las direc­tri­ces del gobierno espa­ñol, cola­bo­ran­do un con­fun­dir y ocul­tar las ver­da­de­ras cau­sas que pro­vo­ca­ron las 80 muer­tes de la cur­va de Angrois, son un cla­ro expo­nen­te de la más medio­cre cas­ta de caci­ques que man­tie­nen ile­gí­ti­ma­men­te las ren­tas del País, ele­va­dos en el trono de San Cae­tano y en deco­ra­ti­vo par­la­men­to del Hórreo.

El balan­ce de los últi­mos 365 días tam­po­co pue­de ser eva­lua­do posi­ti­va­men­te para más de la mitad de la fuer­za de tra­ba­jo de este País. Las muje­res gale­gas pade­ce­mos los más bajos sala­rios y una tasa de des­em­pleo, pre­ca­rie­dad y even­tua­li­dad labo­ral, muy supe­rior a los de los nues­tros com­pa­ñe­ros de cla­se. Pero el patriar­ca­do no sólo se ha agu­di­za­do en este ámbi­to. La pri­va­ti­za­ción de la sani­dad, de la edu­ca­ción y de los ser­vi­cios socia­les ha refor­za­do los roles impues­tos por el machis­mo ten­den­tes a que las muje­res se cen­tren en las tareas «domés­ti­cas», en el cui­da­de de las niñas, enfer­mas y per­so­nas mayores.

Que­re­mos recor­dar a Hele­na, Fáti­ma, Eli­sa y María Isa­bel, las cua­tro muje­res ase­si­na­das por el terro­ris­mo machis­ta en Gali­za en 2013.

La res­tric­ti­va ley del abor­to impues­ta por Gallar­dón es un ata­que sin pre­ce­den­tes a uno de los dere­chos fun­da­men­ta­les de las muje­res, lega­li­za­do por pri­me­ra vez en 1920 en la URSS de Ale­xan­dra Kollontai.

Con­quis­tar la sobe­ra­nía para cons­truir una Patria socia­lis­ta y feminista

L@s comu­nis­tas galeg@s nun­ca enga­ña­mos a nues­tro pue­blo y a nues­tra cla­se con pro­me­sas e ilu­sio­nes sobre inme­dia­tas y mági­cas alter­na­ti­vas elec­to­ra­les a la mayo­ría arit­má­ti­ca del PP.

Aún están recien­tes en la memo­ria colec­ti­va el fra­ca­so del últi­mo bipar­ti­to, o los resul­ta­dos de simi­la­res gobier­nos «pro­gre­sis­tas» de gran­des núcleos urba­nos don­de tan sólo se repro­du­ce de for­ma ate­nua­da las polí­ti­cas neo­li­be­ra­les que per­ju­di­can las mayo­rías para enri­que­ci­mien­to de la burguesía.

La cla­se tra­ba­ja­do­ra gale­ga ya no cree en pres­ti­di­gi­ta­do­res, cada día es más cons­cien­te que sólo un pue­blo auto-orga­ni­za­do y movi­li­za­do podrá con­quis­tar su futuro.

Los lími­tes de la demo­cra­cia bur­gue­sa son más visi­bles para esas mayo­rías de nues­tro pue­blo que per­die­ron su empleo, su vivien­da, sus aho­rros, sus dere­chos, poder adqui­si­ti­vo de su sala­rio y de sus pen­sio­nes, que no tie­ne más alter­na­ti­va que emi­grar o vivir de ayu­dar y de la caridad.

Corres­pon­de pues a este blo­que social his­tó­ri­co ser el pro­pio suje­to de su eman­ci­pa­ción y libe­ra­ción. Pero esta sólo será posi­ble median­te la lucha orga­ni­za­da, por la con­ver­gen­cia de las rei­vin­di­ca­cio­nes, uni­fi­ca­das en un pro­gra­ma de gobierno don­de las deman­das tác­ti­cas estén fun­di­das en una estra­te­gia para la toma del poder.

En Gali­za sólo será posi­ble que­bran­do la depen­den­cia nacio­nal que nos impo­ne la lógi­ca colo­nia­lo espa­ño­la y las polí­ti­cas impe­ria­lis­tas de la UE dic­ta­das por Berlín.

Ante este esce­na­rio dan­tes­co a que nos con­de­na Espa­ña y el capi­ta­lis­mo na hay más sali­da que una rup­tu­ra con el pre­sen­te. Trans­for­ma­ción que no ema­na­rá de las urnas ni de nego­cia­cio­nes, y si, de la insu­rrec­ción nacio­nal, obre­ra y popu­lar que nos con­duz­ca hacia la libe­ra­ción nacio­nal, eman­ci­pa­ción de cla­se y supera­ción de la domi­na­ción patriarcal.

La Revo­lu­ción Gale­ga es, pues, la úni­ca alter­na­ti­va via­ble que podrá garan­ti­zar no ser con­de­na­das a con­ver­tir­nos en un pue­blo de esclav@s, sin más dere­chos que obe­de­cer para no ser castigados.

El enemi­go es muy cons­cien­te de las posi­bi­li­da­des de un levan­ta­mien­to popu­lar, de una rebe­lión. Por este moti­vo a lo lar­go de 2013 con­ti­nuó armán­do­se has­ta los dien­tes, endu­re­cien­do el Códi­go Penal para punir y disua­dir las luchas y a quien lucha. Por este moti­vo pre­ten­de apro­bar una Ley de Segu­ri­dad Ciu­da­dad que cri­mi­na­li­za las pro­tes­tas y repri­me sin con­tem­pla­ción a quien par­ti­ci­pa en las luchas, pro­por­cio­nan­do más pode­res al Minis­te­rio del Inte­rior, con­ce­dien­do impu­ni­dad a la polí­ti­ca y res­to de cuer­pos repre­si­vos, incor­po­ran­do asi­mis­mo la segu­ri­dad pri­va­da en estas tareas.

2013 tam­bién fue un año de luchas y modes­tos avan­ces en la uni­dad popular

La ofen­si­va bur­gue­sa no logró ni domes­ti­car y mucho menos derro­tar a la cla­se obrera.

El año que fina­li­za fue de gran­des y per­ma­nen­tes mani­fes­ta­cio­nes, pro­tes­tas y luchas por el empleo, en la defen­sa de la edu­ca­ción y la sani­dad públi­ca, con­tra los desahu­cios, por la recu­pe­ra­ción de los aho­rros de las pre­fe­ren­tes, en defen­sa del gale­go, con­tra el asal­to de las mul­ti­na­cio­na­les a nues­tro sue­lo y subsuelo.

Sin embar­go, y tal como ya mani­fes­tá­ba­mos hace aho­ra un año, la con­flic­ti­vi­dad social y labo­ral, la modes­ta radi­ca­li­za­ción que se vie­ne pro­du­cien­do, aún está por deba­jo de las nece­si­da­des y de la gra­ve­dad de la situa­ción. Las luchas siguen sien­do par­cia­les, espo­rá­di­cas y sec­to­ria­les, care­cen de un hilo con­duc­tor y de un pro­gra­ma integrador.

Aun­que la izquier­da inde­pen­den­tis­ta y sobe­ra­nis­ta sen­tó las bases de la nece­sa­ria coope­ra­ción y uni­dad de acción bajo un pro­gra­ma avan­za­do, como con­se­cuen­cia de la com­bi­na­ción de dos fac­to­res: fir­me­za del inde­pen­den­tis­mo socia­lis­ta y cam­bio de rum­bo polí­ti­co del nacio­na­lis­mo, aún esta­mos en una eta­pa embrionaria.

Sin embar­go Pri­mei­ra Linha salu­da la uni­dad de acción en el ámbi­to polí­ti­co y social alcan­za­do entre las fuer­zas polí­ti­cas, juve­ni­les y estu­dian­ti­les de la izquier­da patrió­ti­ca, y los pasos esce­ni­fi­ca­dos en la mani­fes­ta­ción del tres de mar­zo y 24 de julio. Tam­bién des­ta­ca y salu­da la cons­ti­tu­ción de la ini­cia­ti­va social supra­par­ti­da­ria Gali­za pola Sobe­ra­nía (GPS).

Igual­men­te mani­fes­ta­mos nues­tra satis­fac­ción por los resul­ta­dos de la VII Asam­blea Nacio­nal de NÓS-Uni­da­de Popu­lar que pre­ten­den con­ver­tir el inde­pen­den­tis­mo socia­lis­ta en un movi­mien­to con pro­yec­ción de masas y en una alter­na­ti­va a las simi­la­res vías elec­to­ra­les en las que siguen embar­ca­das las expre­sio­nes mayo­ri­ta­rias de la izquier­da nacional.

Los con­flic­tos obre­ros y socia­les onde la uni­dad, la radi­ca­li­za­ción y la fir­me­za en ven­cer pre­si­die­ron el espí­ri­tu de las luchas, tuvie­ron un resul­ta­do posi­ti­vo. La huel­ga de más de cin­co meses de Alba­da o la opo­si­ción a ceder al chan­ta­je de Edge­wa­ter Explo­ra­tion por el vecin­da­rio de Cor­coes­to, son dos ejem­plos para­dig­má­ti­cos de que si, se pue­den parar.

2014 será un año similar

Al igual que hici­mos el pasa­do año l@s comu­nis­tas galeg@s nos movi­li­za­mos con fran­que­za y hones­ti­dad con nues­tra cla­se y nues­tro pue­blo. He ahí por lo que sin pre­ten­der ser men­sa­je­ros de malos augu­rios, de nue­vo no pode­mos evi­tar dejar de pro­nos­ti­car que el nue­vo año que hoy ini­cia­mos será muy duro.

La úni­ca mane­ra de fre­nar la ofen­si­va neo­li­be­ral, espa­ño­lis­ta y machis­ta, es redo­blan­do la lucha y la movi­li­za­ción obre­ra, nacio­nal, popu­lar y femi­nis­ta. Es radi­ca­li­zan­do los pro­gra­mas, poli­ti­zan­do nues­tro pue­blo, inci­dien­do en la bata­lla ideo­ló­gi­ca con las posi­cio­nes con­ci­lia­do­ras y pac­tis­tas, bási­ca­men­te de las dis­fra­za­das de radi­ca­li­dad retórica.

Y más en el año en el que se con­me­mo­ra el 90 ani­ver­sa­rio del falle­ci­mien­to de Vla­di­mir Ilich Uliá­nov ‑refe­ren­te e ins­pi­ra­ción de la Revo­lu­ción Galega‑, quien logró diri­gir la pri­me­ra vic­to­ria del pro­le­ta­ria­do de la historia.

Tal y como mani­fes­tó Leni­ne, hoy está más vigen­te que nun­ca, que sin teo­ría revo­lu­cio­na­ria no hay movi­mien­to revolucionario.

Con la Patria que lucha

No pre­ten­de­mos des­pe­dir el 2013 sin trans­mi­tir un calu­ro­so salu­do comu­nis­ta a Gali­za rebel­de y com­ba­ti­va, a toda la juven­tud, a las muje­res, al pro­le­ta­ria­do, al con­jun­to de la cla­se obre­ra que luchó en sus res­pec­ti­vos cen­tros de tra­ba­jo y edu­ca­ción, en las calles de la Patria, con­tra las agre­sio­nes en curso.

Que­re­mos tam­bién recla­mar la liber­tad de los pre­sos y pre­sas polí­ti­cas gale­gas para las que soli­ci­ta­mos su regre­so a Galiza.

A todas ellas, y a fami­lia­res y amis­ta­des, envia­mos un salu­do comu­nis­ta, patrió­ti­ca y feminista.

Salu­do que hace­mos exten­si­ble al con­jun­to del movi­mien­to popu­lar gale­go y a todos aque­llos colec­ti­vos y orga­ni­za­cio­nes que luchan sin tregua.

Antes mort@s que escrav@s!

Até a vitó­ria sempre!

Viva Gali­za livre, socia­lis­ta e feminista!

Viva a Revo­luçom Galega!

Comi­té Cen­tral de Pri­mei­ra Linha

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