Terça, 28 Junho 2011 16:30 |
Galizalivre – No passado domingo umha efeméride de funda significaçom passou totalmente desapercebida no nosso País. Por enquanto o BNG celebra o 75 aniversário do Estatuto de Autonomia da II República ‑toda umha metáfora involuntária‑, fam-se 80 anos daquela proclamaçom operária da I República Galega. Se Guillerme Vázquez recordou que “o nacionalismo galego, daquela organizado através do Partido Galeguista, conseguiu que milheiros de galegos e galegas conseguissem entender que nom podemos melhorar as condiçons de vida da maioria da populaçom se a Galiza nom conta com um pode político merecente de tal nome”, o independentismo de há oitenta anos parece que já replicava por antecipado: “por isso nos opugemos a que o Partido Galeguista caisse, como caiu, na ingenuidade de atuar de cúmplice num manejo mais. Ao Partido Galeguista, honradamente, já nom lhe cabia outra possibilidade da que formar frente com aqueles que em Santiago e Ourense proclamárom revolucionariamente o Estado Galego” [1]. Compre recordar que aqueles sucessos revolucionários som, em boa medida, hoje esquecidos por dous factores: um arredismo dificilmente digerível para a versom pinheirista da nossa história que partilham todas as famílias do nacionalismo menos o independependentismo, e o facto de serem acontecimento protagonizados pola classe obreira revolucionária ‑que até o momento fora indifrente às proclamas do galeguismo “de elite”- e a mocidade independentista, à que só no último momento, se somou com pretensom de recuperá-la a aza mais esquerdista do nacionalismo, encarnada em gente como Antom Alonso Rios, presidente da Junta Revolucionária do Estado Galego. A proclamaçom inspirara-se no acontecido na Catalunha rebelde. Assim, o Fuco Gomes redigiria a Maciá ‑a quem conhecera em Cuba- o seguinte telegrama: Felicitamos entusiasmados triunfo separatista catalán. Nosotros (los gallegos) seguiremos luchando por Galicia Independiente, dentro Confederación Repúblicas Ibéricas. Ao que o presidente da Generalitat independente respondeu em comunicado oficial: Distinguido señor: Oportunamente me favoreció su afectuoso cablegrama del 15 de los corrientes. Agradezco su afectuoso saludo, al que correspondo sinceramente, al propio tiempo que hago votos para que la nueva era de libertad que acaba de instaurar-se en tierras hispánicas, entre todos los pueblos hermanos que las integran, perfectamente compenetrados, sea imperecedera. Con toda consideración. Francesc Maciá. Nota 1. Máis!, nº 1, vozeiro da Vanguarda Nacionalista Galega. 2. “Nuestra revolución”, El Pueblo Gallego, 9 de julho de 1931. |